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Foto do escritorEduardo Sato

Segunda maior câmera astronômica do mundo faz suas primeiras imagens


Imagem obtida durante a primeira luz técnica da câmera JPCam: galáxia de Andrômeda (M31). (Foto: Centro de Estudios de Física del Cosmos de Aragón (CEFCA))

A JPCam, instalada em um telescópio no Observatório Astronômico de Javalambre (OAJ), na Espanha, coletou sua primeira luz, isto é, foi apontada aos céus pela primeira vez para coleta de dados em 29 de Junho de 2020. Está é a segunda maior câmera astronômica do mundo, podendo fazer imagens de 1,2 Gigapixels, divididos em um mosaico com 14 detectores de 9200 x 9200 píxels, sendo cada píxel composto de um detector de 10 micrômetros.


Segundo os especialistas responsáveis pelo telescópio, seriam necessários 570 monitores com resolução Full HD (i.é, 1920 x 1080 pixels) para reproduzir as imagens da JPCam sem nenhuma perda de qualidade. Além disso, cada objeto astronômico capturado pela câmera gera imagens em 56 cores diferentes, isto é um espectro bem maior do que o de telescópios mais tradicionais que possuem em média 5 filtros ópticos de cor.


Sua construção levou cerca de 10 anos e teve colaboração de diversas instituições brasileiras como o Observatório Nacional (ON) e o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP (IAG-USP). Sendo parte do J-PAS (Javalambre Physics of the Accelerating Universe Astrophysical Survey), um ambicioso levantamento astrofísico que pretende fazer um mapa tridimensional que cubra um quinto do céu visível de nosso planeta gerando 2.5 Petabytes de dados que devem ser analisados pela comunidade científica.


Esta primeira observação servirá como teste para confirmar que o instrumento está funcionando de maneira adequada, além de permitir ajustes finos que serão realizados por engenheiros da colaboração J-PAS antes do início do levantamento oficial.


Quando completo, o mapa criado permitirá um melhor entendimento da expansão acelerada do universo e consequentemente da energia escura, umas das grandes incógnitas do atual modelo cosmológico do universo. Outra possibilidade será o estudo das galáxias, que permitirá um melhor entendimento dos processos de formação e evolução das mesmas.



JPCam, instalado no telescópio JST. (Foto: Centro de Estudios de Física del Cosmos de Aragón (CEFCA))

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