Esta semana está sendo bastante interessante para a Astronomia! Além do recente anúncio da descoberta de fosfina nas nuvens de Vênus, um time de astrônomos da NASA afirma ter descoberto um candidato a primeiro planeta intacto orbitando próximo a uma anã branca. Tal achado foi reportado na revista Nature desta quarta-feira (16/09). Anãs brancas são um dos estágios finais da vida de uma estrela e sua criação destrói os planetas em seus arredores. Nesse sentido, ainda não sabemos como este planeta acabou orbitando a anã branca.
O planeta WD 1856 b foi detectado usando uma técnica conhecida como Trânsito. Quando um planeta passa em frente a uma estrela, o brilho aparente desta estrela é diminuído, e como o planeta está em órbita, isto acontece de maneira periódica. Para a detecção foram usados o telescópio TESS e o Spitzer Space Telescope, que mostrou que o período de translação deste planeta é de apenas 34 horas, isto é, 60 vezes mais rápido que a órbita de Mercúrio sobre o Sol.
Um fato interessante é que o planeta descoberto é cerca de sete vezes maior que a anã branca que orbita. Enquanto este planeta tem aproximadamente o tamanho de Júpiter, a anã branca WD 1856+534 é apenas 40% maior que a Terra, sendo um objeto extremamente denso.
Quando estrelas como o Sol queimam todo seu combustível, aumentam consideravelmente de tamanho se tornando gigantes vermelhas. Com o passar do tempo, estas gigantes vermelhas expelem sua camada externa de gás e seu núcleo remanescente torna-se uma anã branca. Este processo destrói objetos próximos, tornando um mistério como um planeta pode existir orbitando tão próximo. No caso do sistema descoberto, o planeta está orbitando a apenas 18 mil quilômetros.
O time de astrônomos propõem diversos mecanismos para explicar este sistema, sendo a principal ideia que o planeta for atraído para a órbita da anã branca após sua formação devido a interação gravitacional com outros astros.
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